Anúncio de férias

novembro 28, 2011

Informamos que o Conexão Ciência encerrou suas atualizações no ano de 2011 e entrará de férias. Retornaremos no ano que vem.

Obrigado.


Edição 132

novembro 21, 2011

Para fazer o download da edição 132 do Conexão Ciência, clique no link abaixo:

http://www.4shared.com/document/Pq5Pb_mI/Conexo_Cincia_-_21_de_novembro.html


Projeto do Departamento de Agronomia analisa a qualidade física do solo com a interação de diferentes culturas

novembro 20, 2011

Como afirma o coordenador, o projeto é abrangente e envolve outras pesquisas

Pauta: Claudia Yukari Hirafuji
Reportagem: Beatriz Botelho
Edição: Karina Constancio

De acordo com o Prof. Dr. João Tavares Filho, a vinhaça é rica em matéria orgânica e muito importante para o solo

Vinte quatro anos é o tempo que o professor do Departamento de Agronomia, João Tavares Filho, trabalha com qualidade física do solo. Desde então ele desenvolveu vários trabalhos na área. Formado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras, com mestrado em Física do Solo pela mesma universidade e com doutorado em Ciência do Solo pela Université Henri Poincaré, Nancy I, o mais recente trabalho do professor é o projeto “Qualidade física do solo em diferentes sistemas de manejo e cultura”. O doutor João Tavares Filho conversou com o Conexão Ciência a respeito desse e de outros trabalhos que ele desenvolve na Universidade Estadual de Londrina.

Conexão Ciência: Primeiramente, o que é a qualidade física do solo?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Quando se fala em qualidade do solo, está se falando em qualidade química, física e biológica. Essas três qualidades precisam estar juntas pra dar condições para a planta se desenvolver bem. Eu estudo só a parte física. Analiso se a porosidade está boa ou não, se a planta precisa respirar, fazer troca gasosa, se precisa entrar água no solo, se ele está compactado ou não, se a raiz consegue se desenvolver.

Conexão Ciência: E quando se iniciou o projeto sobre a qualidade física do solo?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Eu tenho um projeto grande que está na CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa) que é “Qualidade física do solo em diferentes sistemas de manejo e cultura”. Esse projeto começou em março desse ano e, a princípio, durará três anos, até 2014. Dentro dele há outros projetos como o de cana-de-açúcar, de batata-doce, de vinhaça, entre outros.

Conexão Ciência: Como os alunos escolhem o projeto que vão participar?
Prof. Dr. João Tavares Filho: O aluno me procura e se ele aceitar trabalhar dentro dessa linha de pesquisa de qualidade física do solo, nós vemos uma especificidade para ele. Dentro desse projeto grande, tem alunos de mestrado e doutorado que estudam coisas específicas. Tem uma aluna de doutorado que estuda o plantio direto com batata doce, tem uma outra que trabalha com cana-de-açúcar e outra, com o efeito da vinhaça no solo.

Conexão Ciência: Como é o projeto com a cana-de-açúcar?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Este projeto é especifico com a cana e faz parte de uma tese de doutorado. Queremos ver, a partir da implantação da cana na região estudada, o quanto que ela ocupou de área e como que está a ocupação pela usina. Queremos também ver se a área de cana respeita as Áreas de Preservação Permanente (APPs)*, que a lei do solo exige; se as áreas de reserva legal foram preservadas; o que a cana trouxe de benefício para esse município ou se houve apenas prejuízo. Uma das partes da tese é saber também como fica o solo com a utilização intensiva de maquinário pesado. Além disso, queremos saber o efeito que a queima da plantação de cana causa no solo, ao longo dos anos que vem ocorrendo. A plantação de cana abrange uma área muito grande, então tem áreas de solos argilosos e arenosos.

Conexão Ciência: E qual a diferença entre o solo argiloso e o arenoso?
Prof. Dr. João Tavares Filho: O solo argiloso é o que contém argila que é partícula mais fina que se tem do solo e a mais reativa, que faz mais troca com os elementos químicos. O arenoso é o que tem areia, tem menos ação e reação no solo, mas que tem grande importância também. São dois extremos no mesmo solo analisado, com a mesma cana, o mesmo manejo e a mesma queimada.

Conexão Ciência: Quais os resultados já obtidos?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Como a tese ainda não está concluída, está no processo de redação, nós não podemos falar muito sobre ela. Temos também um acordo feito com uma usina para podermos realizar o trabalho e só poderemos divulgar os resultados depois da defesa da tese. Só depois poderemos divulgar nomes e dados.

Conexão Ciência: Como é o projeto com a vinhaça?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Ele é um projeto de mestrado. A vinhaça** é proveniente da moenda da cana-de-açúcar e quando vai fazer a produção de álcool, pra cada litro dele é produzido 13 de vinhaça. Antigamente as pessoas jogavam essa vinhaça no rio. Mas como ela é muito rica em matéria orgânica, quando jogada no rio, ela mudava completamente o DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)*** dele, ou seja, sumia todo o oxigênio para decompor essa matéria orgânica, e os peixes e tudo o que tinha vida morriam. Isso mudou. Hoje há leis que proíbem jogá-la no rio. As usinas jogam, então, no solo. Essa é uma das utilizações. Agora nós sabemos que se tem outras. Estão, inclusive, tentando fazer disso alimentos para animais.

Conexão Ciência: Qual a importância da vinhaça?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Essa vinhaça é rica em matéria orgânica e é algo muito importante para os nossos solos. A aluna de mestrado que está nesse projeto fez o seguinte: pegou várias doses de vinhaça e, no laboratório, ela aplicou em amostras de solos degradados, que não produzem mais, que não conseguem desenvolver plantas, que já sofreram erosão e estão em situação muito crítica. Ela coletou esse solo degradado de várias regiões, trouxe para a UEL e montou um experimento para se ter uma ideia do que pode ocorrer. Ela analisou se a utilização da vinhaça faz com que ele volte a ter melhores características. Ela terminou os experimentos agora e também está na fase de redação.

Conexão Ciência: Quais foram os resultados obtidos com este projeto da vinhaça?
Prof. Dr. João Tavares Filho: O que podemos dizer disso é o seguinte: fazendo estatísticas, parece que a vinhaça pode ajudar na melhoria desse solo degradado, mas a gente ainda não tem condições de dizer que é algo certo.

Conexão Ciência: E o projeto feito com a batata-doce, como ele é desenvolvido?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Tem uma outra aluna que está num projeto sobre plantio direto da batata-doce. Ela está vendo a possibilidade de desenvolver o plantio sem que o solo seja muito mexido. A batata-doce é um tubérculo, ou seja, ela cresce abaixo do solo. É bastante interessante fazer esse tipo de plantio principalmente porque a batata, na maioria das vezes, é plantada em solos um pouco mais arenosos que são mais fazeis de sofrer erosão, e mexer menos no solo vai ser bom para preservá-lo. Isso está dando um resultado interessante.

Conexão Ciência: Como é realizado esse plantio direto?
Prof. Dr. João Tavares Filho: É preciso de máquinas específicas, diferentes do arado. Elas são feitas para criar o menor revolvimento possível no solo, abrir um suco menor possível sem ficar revertendo-o.

Conexão Ciência: Como é feita a análise do solo?
Prof. Dr. João Tavares Filho: A ideia é mostrar a maneira como esse tipo de manejo atua no solo e se o resultado está bom, médio ou ruim. Nós temos alguns parâmetros de comparação e utilizamos um método trazido da França que chamamos de método de perfil cultural, que é abrir o solo e estudar a relação entre ele e a raiz da planta.

Conexão Ciência: Dessas culturas estudadas nos projetos, qual é mais importante?
Prof. Dr. João Tavares Filho: Na realidade, com o que eu trabalho, o nome da cultura é o menos importante. Primeiro eu me preocupo com o solo, com a física do solo.

*APPs: As Áreas de Preservação Permanente são áreas de grande importância ecológica, cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Como exemplo de APP estão as áreas de mananciais, as encostas com mais de 45 graus de declividade, os manguezais e as matas ciliares. Essas áreas são protegidas pela Lei Federal nº 4.771/65
**A vinhaça (denominada também de vinhoto, vinhote, restilo, calda de destilaria, caxixi, garapão, tiborna, a depender da região) é um subproduto do etanol (álcool), butanol e aguardente.
REZENDE, Joelito de Oliveira (Coordenador). Vinhaça: Outra Grande Ameaça ao Meio Ambiente. UFBA, 1984.
***Demanda Bioquímica de Oxigênio: A palavra demanda quer dizer, entre outros significados, quantidade consumida ou a consumir; a palavra bioquímica significa, aí; um misto de reações de origem biológica e química. Dessa forma, podemos resumir que DBO é um consumo de oxigênio, através de reações biológicas e químicas.

Crédito da foto: Imagem Google – Usina São Martinho


Curso mostra como desenhos animados podem prevenir a violência infantil

novembro 20, 2011

Desenhos animados e livro produzidos nos Estados Unidos podem ser utilizados por pais e professores para desenvolver comportamentos pró-sociais nas crianças

Pauta: Cláudia Yukari Hirafuji
Reportagem: Adriana Gallassi
Edição: Karina Constancio

A doutora Marie Leiner (esquerda), autora do material, afirma o ter produzido pensando principalmente nas crianças em situação de maior vulnerabilidade

Em realização inédita no país, o curso “Desenhos Animados para Prevenção da Violência Infantil” aconteceu no dia 22 de outubro desse ano e contou com 197 inscritos de 38 cidades do Paraná. Segundo a organizadora do evento Maria Luiza Marinho Casanova, graduada em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialista em Psicoterapia na Análise do Comportamento pela UEL, doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e com dois pós-doutorados em Psicologia Clínica, um pela Universidade de Granada, na Espanha, e outro pela USP, os inscritos são, principalmente, de áreas envolvidas com a educação de crianças, como coordenadores de escolas, pedagogos, psicólogos e profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), além de alunos de psicologia.

O curso apresentou um material, que consiste em um livro e um DVD, produzido, em 2008, por Marie Leiner, bacharel de Ciência em Engenharia Química pela Universidad Nacional Autónoma del México (UNAM), mestre em Administração de Negócios pela Webster University, doutora em Administração de Negócios Internacionais e Marketing em Comunicação pela Nova Southeastern University e com pós-doutorado em Epidemiologia pela University of London. De acordo com a professora pós-doutora Maria Luiza, a finalidade desse material é desenvolver comportamentos pró-sociais em detrimento de outros considerados comuns na infância, mas que se não forem corrigidos, podem tornar a criança um pré-delinquente.

Ainda sobre a função do material, a autora afirma o ter produzido pensando principalmente nas crianças em situação de maior vulnerabilidade. Ela reside no Texas, estado norte-americano que faz divisa com o México. Marie Leiner explica que nessa região drogas e chacinas são comuns, e acrescenta que crianças, as quais convivem com qualquer tipo de violência, tendem a desenvolver insensibilidade em relação a ela, ou seja, passam a julgar normais comportamentos violentos. Segundo a pós-doutora Maria Luiza, é por isso que se faz necessário ensinar às crianças comportamentos pró-sociais – que se resumem em respeito ao próximo e a si mesmo –, para que ela tenha contato com o que é aceitável nas relações entre os humanos.

“O menino que nunca escuta os demais”, “A menina que chorava por tudo”, “O menino que fazia tudo para ser o primeiro na fila”, são alguns títulos dos desenhos animados. Eles devem ser assistidos por um grupo de duas ou mais crianças. Isso porque, consoante a organizadora do evento, o desenho animado apresenta uma situação e afirma que agir daquela forma não é certo, em seguida, pede para as crianças pensarem e discutirem sobre uma alternativa para o comportamento errado. E conclui, que as crianças aprendem mais dessa forma, porque não é um adulto que impõe a ela o dever de agir diferente e sim a heroína do desenho. “Percebe-se que a heroína do desenho animado tem um impacto diferente sobre a criança”, afirma a pós-doutora Maria Luiza.

Marie Leiner explica que são mostradas, no desenho animado, as consequências do comportamento errado, mas que elas não são graves. Segundo a autora, são consequências aversivas como: o colega que não quer mais brincar com a criança que fez algo ruim, não ser chamado para a festa de aniversário, entre outras. Ela expõe também que aplicou alguns estudos mercadológicos no material, por exemplo, optou pelo desenho animado porque é uma linguagem muito atraente para as crianças. E ainda, por meio de pesquisas nas áreas de pediatria e psicologia, concluiu que as crianças aprendem melhor com materiais ilustrados, se comparado a uma explicação estritamente verbal. Além disso, confirma: “Não tem figura de autoridade porque se você treina isso com a criança, ela vai estar sempre esperando um adulto dizer o que é para fazer ou não”, explica a autora .

O material traduzido em português tem a mesma qualidade do original em inglês e espanhol, confirmou Marcelo Casanova, coordenador do Projeto Galera de Deus. Foi ele quem conseguiu uma gráfica que fizesse a impressão do material gratuitamente. “Um objetivo que eu tenho é saber que todas as escolas municipais de Londrina estão usando esse material”, revelou. Marie Leiner explica que o material só pode ser distribuído gratuitamente, isso se deve ao fato de ela tê-lo produzido com dinheiro do Governo Federal dos Estados Unidos, assim ninguém pode ter lucro com esse material.

“Sinto-me muito emocionada. Muito agradecida por Marcelo e Maria Luiza terem conseguido realizar esse sonho de todos nós. Pois o que eu quero é ajudar as crianças”, afirmou a autora sobre a realização do curso no Brasil.

Crédito da foto: Adriana Galassi


Biblioteca Central comemorou semana nacional do livro

novembro 20, 2011

Universidade ofereceu programação na semana nacional do livro e da biblioteca

Pauta: Claudia Yukari Hirafuji
Reportagem: Rosana Reineri
Edição: Karina Constancio

O evento teve como tema central a ampliação dos canais de comunicação, uma vez que as bibliotecas universitárias disponibilizam conteúdos na Web

A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca foi criada para comemorar o Dia Nacional do Livro*, no dia 29 de outubro, associando-se à biblioteca, que é tão importante quanto. A coordenadora e organizadora desta semana, a frente da Biblioteca Central** (BC) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desde 1981, a bibliotecária, graduada em Biblioteconomia pela UEL e com especialização em Gestão Pública pelo Instituto Superior de Educação do Paraná (INSEP) e em Serviços Automatizados em bibliotecas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Neide Maria Jardinette Zaninelli, explica que esta Semana mostra o quão a biblioteca e seus profissionais também são imprescindíveis.

O evento foi realizado entre os dias 24 a 27 de outubro e teve como tema central a ampliação dos canais de comunicação, uma vez que as bibliotecas universitárias, não somente as da UEL, disponibilizam, hoje, conteúdos na Web. “A BC agora tem twitter, tem blog, e a gente também pôs o chat”, conta a coordenadora.

Neide Zaninelli comenta que os preparativos, para que esta Semana fosse concretizada, começaram em maio deste ano, “De lá para cá foram diversas reuniões e muito trabalho para que tudo fosse organizado a tempo”. Segundo a organizadora, o evento teve a participação de mais de 100 pessoas, entre estudantes, de biblioteconomia, arquivologia, história e comunicação, profissionais da área e curiosos pelo tema. “Os cursos foram abertos à comunidade, na verdade foi divulgado fora da UEL, para quem quisesse participar. Inclusive, vieram funcionários e bibliotecários de outras instituições”, explica.

A programação oferecida foi bastante diversificada. No primeiro dia (24/10) houve a abertura oficial da Semana, uma espécie de confraternização entre os participantes. “Essa abertura é o lado social do evento, teve apresentação cultural, do grupo de acordeon Evelina Grandis , o lançamento da exposição: ‘Livros e Autores da UEL’ e uma mostra de fotos antigas da biblioteca, que nós chamamos de ‘memórias da BC,’” conta a Bibliotecária.

No segundo dia (25/10) foi a vez da palestra “Personal Branding: criando a sua marca profissional”, ministrada pela psicóloga, especialista em análise do comportamento, Gislene Isquierdo. Esta foi “uma palestra de motivação profissional, também não foi fechado somente para bibliotecários”, explica Neide Zaninelli. Ela conta que as palestras foram ministradas à tarde no auditório do Centro de Ciências Aplicadas (CCA) da UEL, enquanto os minicursos aconteceram, pela manhã, na própria BC. O minicurso do dia 25 abordava as técnicas de preservação e organização de acervos fotográficos.

No terceiro dia (26/10) as redes sociais entraram em discussão com a palestra “A vida em 140 caracteres: Facebook e Twitter’, ministrada pelo produtor cultural, Mateus Pacheco. O minicurso do dia foi a respeito das normas da ABNT para trabalhos acadêmicos.

“O último dia foi um pouco mais voltado para as bibliotecas universitárias . O título da palestra foi “O uso das redes sociais em bibliotecas universitárias”, voltada aos profissionais da área”, conta a coordenadora. A palestra foi ministrada pela Professora Doutora Elizabete Catarino, diretora do sistema de Bibliotecas da UEL.

A respeito da exposição “Livros e Autores da UEL”, Neide Zaninelli conta que “foi impressionante para nós mesmos, não esperávamos que tivesse um resultado tão grande de participação, porque estamos procurando mostrar, divulgar pra comunidade o quanto os nossos docentes e até funcionários tem publicações por aí. Foi bem interessante, foi gostoso fazer porque teve uma resposta da comunidade UEL, todo mundo ficou interessado em expor os seus livros e o mais interessante é que tem muitos professores que publicam os seus livros não pela UEL, mas por outras editoras comerciais ou que os patrocinam”. A exposição não contém livros de alunos, somente de professores e funcionários. “Apareceram publicações de professores que não são técnico cientifico acadêmicos, tem um livro de auto-ajuda, tem livros de poesia. Por exemplo, veio um professor de física trazendo um livro dele de poesia, ninguém esperava, porque a física é algo tão cético e um professor de matemática que trouxe um livro de auto-ajuda***.” E conclui: “Esta exposição é importante para se destacar o quanto se produz e o que se produz”.

O objetivo para as próximas edições do evento é, segundo a organizadora, promover uma exposição muito mais elaborada. Esta, segundo ela, foi apenas a primeira, mas não será a última.

*O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da Fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o Brasil. http://criancagenial.blogspot.com/2008/10/origem-do-dia-nacional-do-livro.html
**Data de Fundação: 1972 http://www.campus-oei.org/repertorio/025.htm
*** A publicação de livros de auto-ajuda surgiu da descentralização da ideologia, do crescimento da indústria editorial usando novas e melhores tecnologias de impressão e no auge do crescimento, com as novas ciências psicológicas sendo difundidas. Igualmente, serviços de auto-ajuda legal cresceram em torno da expansão do acesso às tecnologias de proteção de documentos. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoajuda

Crédito da foto: Rosana Reineri


Projeto analisa a qualidade do Lago Igapó de Londrina

novembro 20, 2011

Estudantes de biomedicina realizam a pesquisa com o intuito de monitorar as águas que são utilizadas para fins recreacionais 

O projeto busca avaliar a qualidade microbiológica do Lago Igapó de Londrina

 

Pauta: Claudia Yukari Hirafuji
Reportagem: Flávia Cheganças
Edição: Karina Constancio

“O objetivo do projeto é avaliar a qualidade microbiológica do Lago Igapó de Londrina. Fazendo a identificação tanto de coliformes totais, quanto fecais. Tendo como foco a bactéria Erecherichia coli, pois ela é indicadora do índice de contaminação da água.” Este é o enfoque do trabalho realizado no laboratório de Bacteriologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), pelos alunos Nicole Ribeiro de Lima e Paulo Alfonso Schuroff, ambos alunos do segundo ano da graduação de Biomedicina. Eles são orientados pela professora e coordenadora do projeto, Dra. Jacinta Sanchez Pelayo, que possui graduação em Ciências Biológicas, mestrado em Ciências de Alimentos pela UEL, doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade de São Paulo (USP).

O lago Igapó, que foi criado em Londrina em 10 de Dezembro de 1959, é um reservatório artificial e pode ser utilizado para atividades recreacionais. “A partir disso, a pesquisa, que teve início em março de 2011 e tem término marcado para agosto de 2012, vai classificar a água como própria ou imprópria para a recreação”, afirma a estudante Nicole de Lima.

Além disso, a coordenadora Jacinta Pelayo afirma que a iniciativa de projetos como esse começaram há uns 14 anos, quando o lago ainda não tinha sido divido em 4 partes. “Naquela época o lago já mostrava problemas, pois havia um mau cheiro e a água estava turva. Acreditava-se que as casas e chácaras que tinham ali por perto jogavam esgoto mal tratado nele. Sendo assim em 1996 teve até que ser feito o esvaziamento do Igapó para saber de onde estava vindo a contaminação. Foi nessa época que eu comecei a fazer a avaliação, coletando várias amostras de bactérias que poderiam ser prejudiciais para as pessoas e animais, como peixes”, explica a professora doutora.

Segundo os estudantes, os resultados obtidos até agora mostram que a quantidade de coliformes fecais se encontra em quantidade variada e a expectativa é que os valores de contaminação continuem aumentando, pois no verão há maiores índices de chuvas. “Até setembro, o nível de coliformes estava dentro de padrões para o contato primário, como natação e para o contato secundário, como a navegação e pesca. Esse aumento de contaminação pode ser explicado pela chuva que ocorreu em outubro, em que o índice de coliformes se mostrou acima do permitido, considerando a água do lago imprópria para o contato primário”, afirma o estudante Paulo Alfonso.

“Nós pegamos no mínimo um ano de análise, para poder avaliar a água em todas as estações. O Lago Igapó não tem uma quantidade grande de mata ciliar, portanto, em época de chuva, não tem terra e nem árvores para a água ser absorvida e ir para o lençol freático. Além do alagamento, isso contribui para o aumento de coliformes fecais”, revela Jacinta Pelayo.

Além disso, de acordo com a estudante Nicole de Lima, a maior contaminação acontece no Lago 4, pois quem o freqüenta são crianças de classes mais baixa, e portanto, de mais difícil conscientização. “Por mais que nós falemos que a água é imprópria, eles continuam sendo o principal público de contaminação”, conta Nicole.

A professora doutora também alerta que não deveria ser permitida a pesca nos lagos, pois algumas águas são consideras próprias, porém dentro do limite mínimo de contaminação permitido, o que pode variar rapidamente de acordo com as chuvas, se tornando impróprias para a pesca.

Jacynta Pelayo afirma também que, devido a outros problemas, como os casos de dengue que estão acontecendo em Londrina, faltam pessoas e carros para fazer a vigilância dos lagos e que a conscientização da população está sendo feito apenas através de matérias veiculadas em jornais e de apresentações em Congressos.

“A análise da qualidade microbiológica dessas águas é de extrema importância, pois fornece dados à sociedade sobre o grau de contaminação a que está sujeita, podendo, desse modo evitar o surto de várias enfermidades.”, conclui a estudante de biomedicina Nicole Ribeiro de Lima.

Crédito foto: Imagem Google – Lago Igapó

 


Conexão Ciência volta na próxima semana

novembro 7, 2011

Por motivos técnicos, o Conexão Ciência não circulará essa semana. Voltamos com a circulação normal na próxima semana.

Agradecemos a compreensão,
Equipe Conexão Ciência