XVII Semana do curso de Secretariado Executivo aborda as novas competências dos profissionais

outubro 26, 2011

Coordenador do evento faz uma reflexão sobre as mudanças no mercado e sobre a necessidade de trabalhos teóricos da área

Pauta: Cláudia Hirafuji
Reportagem: Adriana Gallassi
Edição: Karina Constancio

O departamento de Administração e o curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual de Londrina (UEL) promoveram, entre os dias27 a30 de setembro, a XVII Semana do Curso de Secretariado Executivo e, paralelamente, o Encontro de Estudos Científicos de Secretariado Executivo (ECISEC). Segundo o coordenador geral do evento, professor Paulo Eduardo Lacerda, graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestre em Administração pela UEL, o principal objetivo da Semana foi proporcionar aos alunos o conhecimento e a reflexão a cerca das novidades nos campos de atuação da profissão, assim como suas inovações e perspectivas.

Entre os temas abordados durante a Semana, esteve presente a reflexão a cerca das novas competências do profissional de Secretariado Executivo. O professor afirma que, “hoje há uma situação bastante distinta de alguns anos atrás, nós temos uma globalização econômica que se tornou uma realidade indiscutível, uma interpenetração de negócios de um país para outro, de uma região para outra”. Segundo ele, todas essas mudanças nas relações do mercado mundial fizeram com que os profissionais precisassem desempenhar papéis diferentes e, por conseqüência, exige novas competências, como: o conhecimento de diferentes idiomas, saber relacionar-se e ter qualidade no assessoramento aos executivos. “Muito diferente do esteriótipo da secretária que tomava ditado, datilografava e recebia as visitas”, afirma o professor.

Em um curso que, de acordo com o coordenador do evento, não se tem a tradição de produção de artigos acadêmicos e apresentação de trabalhos, o ECISEC faz um papel importante de estímulo. “O Encontro busca estimular uma abordagem mais acadêmica dos aspectos teóricos da profissão”, ressalta o professor. Na edição deste ano, foram 125 inscritos e 17 artigos acadêmicos apresentados. Para o coordenador, esse número de artigos é expressivo para o curso, e acrescenta que espera uma ampliação desse número para os próximos anos concomitante ao aumento de sua qualidade e profundidade, para que seja agregado mais conhecimento a área.

O professor acrescenta ainda, a importância do profissional de secretariado executivo estar disposto à aprender pois, o mercado é dinâmico e os papéis desempenhados pelos profissionais tem que se ajustar a ele. . Ele também declara que o mercado para esse profissional tem aumentado quantitativamente e qualitativamente. “O mercado começa a descobrir o potencial do profissional egresso de curso superior, isso faz a diferença”, conclui o o coordenador da Semana, Paulo Eduardo Lacerda.


UEL promove atividades no Dia do Servidor Público

outubro 26, 2011

Durante toda a sexta-feira, dia 21, os servidores da universidade puderam aproveitar diversas ações oferecidas no ginásio do CEFE

Pauta: Claudia Hirafuji
Edição: Paola Moraes
Reportagem: Fernando Bianchi 

Pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade Estadual de Londrina comemorou o Dia do Servidor Público com um dia inteiro reservado para atividades voltadas para os funcionários da UEL. A data é celebrada no dia 28 de outubro, porém, como a universidade estará em recesso neste dia, as atividades foram antecipadas em uma semana e ocorreram no dia 21.

O dia de atividades é realizado desde 2009 por uma iniciativa da Coordenadoria de Comunicação Social (COM), em parceria com a Pró-Reitoria de Recursos Humanos (PRORH) e apoio do Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC) e da Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade (DASC). Das 9 ás 17 horas, a comunidade universitária pôde aproveitar os serviços e apresentações realizados no Ginásio João Santana, do Centro de Educação Física e Esportes (CEFE).

Segundo Lourdes Marchesine, relações públicas da Coordenadoria de Comunicação Social da UEL e uma das organizadoras do evento, o objetivo das atividades é motivar e valorizar o servidor público, além de promover uma confraternização entre eles e a comunidade universitária. “O intuito é que as pessoas saiam, ao menos por alguns minutos, do seu local de trabalho e venham obter informações sobre saúde, conferir novidades ou ter informações sobre sua situação funcional com o PRORH, por exemplo”, disse Lourdes Marchesine.

Através de parcerias com instituições da cidade, a organização proporcionou aos servidores atividades como o corte de cabelo realizado por alunos de cursos profissionalizantes do SENAC, sessões de massagens da Fisiomedic e uma Oficina de Maquiagem oferecida por técnicos da loja de produtos de beleza Léo Cosméticos – todas as atividades foram gratuitas. Nos estandes da DASC e SEBEC, os funcionários puderam ter orientações acerca da prevenção de doenças e higienização. Ainda com o foco na saúde, alunos do curso de Enfermagem da UEL realizaram a medição de pressão arterial e alertaram a comunidade universitária para a prevenção de doenças como hepatite, tuberculose e câncer de mama.

A novidade nesta terceira edição do Dia do Servidor na universidade ficou por conta da Mostra de Talentos da UEL, inserida pela primeira vez na programação. Ao longo do dia, professores e funcionários mostraram suas habilidades artísticas, como foi o caso da cantora Jemima Lima Fernandes, da Rádio UEL FM, que soltou a voz no palco montado no Ginásio João Santana. Durante o dia, também houve exposições de artesanatos, pinturas e fotografias de autoria de servidores, entre outros tipos de arte.

Para viabilizar o evento, os servidores realizaram um revezamento em suas funções com os colegas de trabalho, para que as atividades da Universidade não sofressem interrupções. Aguinaldo Silva, funcionário da segurança da UEL há dois anos, não havia participado das edições anteriores e compareceu ao ginásio para conferir o evento. “É uma forma de a universidade valorizar o seu servidor, porque sem ele tudo pára de funcionar. Uma homenagem mais que justa”, disse o segurança. Silva disse ainda que pretende participar de edições futuras e aproveitar os benefícios oferecidos, como as orientações sobre a situação de emprego prestadas pela PRORH no local.

A Coordenadoria de Comunicação Social pretende fazer do evento uma data lembrada e aproveitada pelos servidores ao longo dos anos. “Pretendemos trazer mais atividades, para que o evento vá se consolidando ao longo do tempo, com a participação de outras empresas que trarão mais atrativos para que os servidores possam aproveitar esta data”, anunciou a relações públicas Lourdes Marchesine.


Departamento de Ciência da Informação estudará a mediação da informação e literatura pela oralidade

outubro 26, 2011

Metodologia colaborativa será base para o estudo de projeto que ainda está em fase inicial

Pauta: Claudia Hirafuji
Edição: Paola Moraes
Reportagem: Yudson Koga 

A mediação da informação e da literatura por meio da oralidade. É esse o objetivo do projeto coordenado por Sueli Bortolin, graduada em Biblioteconomia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre e doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP). “O objetivo é criar um corpus teórico a respeito das mediações das informações contidas nos jornais e na internet, da leitura, da literatura na perspectiva da oralidade. Como que a literatura chega às pessoas por meio da voz, seja ela presencial ou via tecnologia, como as redes sociais e até mesmo o telefone”, explica a doutora. Além disso, outro ponto do projeto é buscar essa mediação para resgatar a memória pessoal e institucional: “Queremos responder, por exemplo, como a memória pessoal pode interferir na memória institucional, de uma empresa, universidade, vários espaços…”.
A metodologia a ser utilizada será a pesquisa colaborativa, que visará a troca e a busca de entendimento na relação entre os acadêmicos, tanto alunos como docentes, e os bibliotecários em exercício atuantes nas escolas particulares de Londrina. De acordo com a professora doutora, o método é uma via de mão dupla, que exige uma estreita relação entre o pesquisador e os profissionais em prática. “É fácil na academia criticar os erros dos profissionais que já estão trabalhando, mas e a discussão entre eles? O que me encanta nessa metodologia é exatamente essa possibilidade de troca e diálogo”, opina Sueli Bortolin.
A iniciativa do projeto se deu a partir da tese de doutorado da coordenadora intitulado “Mediação Oral da Literatura: a voz do bibliotecário lendo ou narrando” e de todo o seu trajeto profissional: já trabalhou como bibliotecária, teve uma livraria infanto-juvenil e foi presidente de uma ONG, chamada “Mundo que Lê”. Segundo ela, embora as bibliotecas sejam a base para a construção de todo conhecimento, informação e desejo pela pesquisa, elas são muito silenciosas: “elas deviam ter mais vida e mais vozes”.
A doutora também destaca que a literatura em questão não é somente a clássica. O projeto pretende fazer um trabalho não só com diferentes faixas etárias como também com diferentes tipos de linguagem e literatura. Para exemplificar, ela cita os quadrinhos japoneses, o mangá, “que hoje faz parte da vida não só dos japoneses ou descendentes, mas de vários outros jovens e adultos.” Dessa forma, ater-se ao clássico seria uma forma de elitização e esquecimento de outras formas de literatura, garante Sueli Bortolin.
O projeto, que ainda está em sua fase inicial, não obteve resultados, mas as expectativas são grandes: “Esperamos que os acadêmicos, pesquisadores e os profissionais em exercício reflitam sobre o seu cotidiano e suas práticas. Queremos que as idéias que serão discutidas atinjam todos os interessados na mediação da informação e na literatura”, observa Sueli Bortolin, e completa: “A voz tem uma força e uma carnalidade. É todo o corpo que se pronuncia junto com a voz. Por isso a oralidade é tão importante e não deve ser esquecida.”.

Conexão Ciência volta na próxima semana

outubro 9, 2011

Por motivos técnicos, o Conexão Ciência não circulará essa semana. Voltamos com a circulação normal na próxima semana.

Agradecemos a compreensão,

Equipe Conexão Ciência


Edição 130

outubro 2, 2011

Para fazer o download da edição 130 do Conexão Ciência, clique no link abaixo:

http://www.4shared.com/document/GZBQb9Be/Edio_130_-_Conexo_Cincia_-_02-.html


Alunos de Relações Públicas desenvolvem projeto no Colégio Aplicação

outubro 2, 2011
Em conjunto com o NEAA, alunos desenvolvem trabalho de conclusão de curso através de histórias infantis contadas para alunos da primeira série
Na foto, a estudante de Relações Públicas, Amanda Favoretto, conta às crianças história infantil sobre a cultura africana.

Edição: Beatriz Pozzobon
Pauta: Cláudia Hirafuji
Reportagem: Pamela Oliveira 

O Conexão Ciência desta semana conversou com a aluna Alana Nogueira Volpato, do quarto ano de Relações Públicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sobre o projeto “Lê uma historinha pra mim”. Ela, junto ao seu grupo, formado por Amanda Vieira Favoretto e Alessandro Marques, desenvolveu seu trabalho de conclusão de curso sobre Comunicação Pública. Segundo Alana Volpato, o projeto aprovado pelo Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEAA) da UEL visa divulgar às crianças, de maneira lúdica, a cultura negra. O projeto se desenvolveu durante quatro encontros, em que foram contadas histórias que trazem marcas da cultura africana.

Conexão Ciência: Por que decidiram desenvolver esse projeto?
Alana Volpato: Comunicação pública fala, basicamente, sobre como as discussões sobre a sociedade acontecem. Discussões que envolvem tanto a sociedade quanto as empresas, o governo, as organizações em geral. A partir disso, a gente resolveu fazer um trabalho prático no Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEAA), que tem como objetivo tanto colocar em pauta a desigualdade social, como também divulgar as culturas contra-hegemônicas. Dentro do trabalho de conclusão de curso, nós criamos um “Plano de Relações Públicas”, que tem como objetivo discutir sobre a desigualdade racial, sobre racismo e divulgar a cultura negra. O projeto foi desenvolvido com a primeira série do Colégio Aplicação.

Conexão Ciência: Como surgiu a ideia de trabalhar a divulgação da cultura negra com crianças?
Alana Volpato: A ideia surgiu porque, desde 2003, existe a lei 10.639/03, que inclui o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas grades curriculares do Ensino Fundamental e Médio. Mas, até hoje poucas escolas conseguiram aplicar a lei efetivamente. Até por falta de iniciativa e de saber como inserir esse conteúdo. O que tentamos fazer é dar uma ideia de como trazer um pouco da cultura negra para as crianças. Assim, escolhemos a primeira série porque eles têm um conteúdo mais maleável e uma programação menos definida, além de serem bem pequenos e mais abertos às novidades.

Conexão Ciência: Como é realizado o projeto “Lê uma historinha pra mim”?
Alana Volpato: Nós ensinamos contando histórias para eles. O NEAA tem uma biblioteca específica sobre a cultura africana e pudemos encontrar vários livros com histórias e mitos africanos infantis. Na primeira visita, contamos uma história sobre um escravo que foi liberto e, mesmo tendo sido escravo e pobre, ele conseguia construir coisas lindas. A história serviu para explicar que no Brasil tem gente colorida, diferente e como surgiram essas diferenças, além de mostrar que todos são capazes de construir coisas bonitas. Depois das histórias, nós sempre fazemos uma atividade. Nesse caso, nós fizemos a casa do escravo, uma casa de papelão que era feia e eles teriam que deixá-la bonita. Buscamos fazer algo lúdico depois das histórias.

Conexão Ciência: Você presenciou alguma experiência interessante durante os encontros?
Alana Volpato: Uma coisa que reparei foi quando perguntamos a eles quais locais “conheciam”, eles respondiam Alemanha, Itália, Estados Unidos, Inglaterra e só um aluno mencionou a África. Hoje, se entrarmos na sala e fazemos a mesma pergunta, eles respondem em coro “África”. Eles desconheciam completamente, pois é algo que não está tão em evidencia na mídia quanto outros países e continentes.

Conexão Ciência: Vocês realizarão o projeto com outras turmas?
Alan Volpato: Sim, na próxima semana começamos o mesmo trabalho com uma turma da primeira série do período vespertino.

Conexão Ciência: Quais os resultados do projeto?
Alana Volpato: Achei muito bom. Eles ficam muito animados quando a gente chega, perguntam sobre a próxima visita. E foi interessante nossa abordagem, pois nós conseguimos falar da África de um modo diferente, com as ilustrações dos livros, mostrando que há outras culturas a serem ensinadas.

Crédito da foto: Pamela Oliveira

Crianças do CEI participam da caminhada pela paz

outubro 2, 2011
Acompanhando a “onda” de movimentos pela paz em Londrina, o Centro de Educação Infantil da UEL mobiliza crianças e realiza passeata no campus universitário

A pedagoga Keli Cristina da Silva Ferreira, chefe de divisão da educação infantil do CEI, explicou como ocorreu a caminhada dos alunos.

Edição: Beatriz Pozzobon
Pauta: Cláudia Hirafuji
Reportagem: Ana Maria Simono 
Cerca de 90 alunos do Centro de Educação Infantil (CEI) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizaram, no dia 19 de setembro, a Caminhada pela Paz. Vestidas de branco, com cartazes e faixas na cabeça, crianças de dois a seis anos de idade caminharam por todo o calçadão do campus Universitário rumo ao letreiro da UEL, localizado em frente ao Centro de Ciências Biológicas (CCB).

Durante o percurso, as crianças pediam “queremos a paz na cidade e no mundo!”. As faixas que usavam e os cartazes que carregavam, segundo a pedagoga Keli Cristina da Silva Ferreira*, foram confeccionados, em classe, pelos próprios alunos. “A caminhada faz parte de um trabalho realizado anteriormente. As professoras trabalharam a temática da paz em sala de aula, contaram histórias e construíram com as crianças os cartazes e bandeirinhas utilizados na passeata”, ressalta.

A ideia é da professora Giselle Aparecida Marcatu Almeida, e representa mais uma das inúmeras campanhas que tem se espalhado sobre o assunto no mundo todo. As chacinas escolares, que antes pareciam restringir-se apenas aos americanos, “chegaram” ao Brasil. Massacres como Realengo (zona oeste do Rio de Janeiro), em abril, e casos como o do menino David Mota Nogueira, de 10 anos, que se matou após atirar em uma professora, em setembro, na região do ABC Paulista (SP), tem se tornado cada vez mais frequentes. Por vezes, a opinião pública tem sido surpreendida com notícias de violência nas escolas.

Dessa forma, surgem campanhas pela paz em Londrina, no Brasil e no mundo. Para Keli Ferreira, o objetivo principal da instituição ao promover ações desse tipo é mostrar e enfatizar as noções de paz e respeito inclusive no cotidiano dos indivíduos. Ela falou sobre o modo como procuram tratar do assunto com os alunos menores: “Começamos falando da paz e da não-violência em atos simples, como não bater, não morder, não gritar. Com o tempo, essa compreensão alcança o âmbito social e as crianças maiores já conseguem entender a importância dessas práticas sociais”, explica.

A pedagoga esclarece ainda que o evento foi inspirado no “Abraço do Lago Igapó”, que ocorreu um dia antes da passeata e reuniu cerca de 3 mil pessoas para celebrar a paz em Londrina.“É fundamental trabalharmos com a questão de valores porque, segundo a psicologia, é esse o momento em que o indivíduo começa a construir sua personalidade, seu caráter. Então abordamos, em sala de aula, muitos aspectos como solidariedade, respeito, amor ao próximo, paz e cooperação entre os alunos”, destaca.

De acordo com Keli Ferreira, a caminhada foi bastante significativa para os estudantes, que ficaram muito felizes com a ação. Ela também afirma que o evento mobilizou também as famílias dos alunos. “Os pais, que não trabalhavam no período, se animaram com a iniciativa e se dispuseram a participar do evento, concedendo inclusive entrevistas para a imprensa local”, observa.

A pedagoga explica que o evento faz parte do projeto “Sou Criança, Sou Cidadão”, criado em 2004 e abordado durante o segundo semestre deste ano pelo CEI da UEL. A próxima ação do projeto, segundo ela, será a distribuição, via alunos, de caixas nos diversos centros da Universidade para coletar roupas e brinquedos infantis que serão doados a duas instituições assistenciais.

O trabalho de conscientização em prol das práticas cidadãs continua, e o CEI convida toda a comunidade a juntar-se aos alunos da educação infantil para realizar atividades de cidadania, paz e respeito nas escolas.

*Keli Cristina da Silva Ferreira é formada em pedagogia e especializada em psicopedagogia pela Universidade Estadual de Londrina. Atualmente, atua como chefe de divisão da educação infantil do CEI/CAMPUS.

Crédito da foto: Ana Maria Simono

Departamento de Enfermagem da UEL realiza Simpósio sobre idosos

outubro 2, 2011
Evento reuniu estudantes e profissionais das áreas de geriatria e gerontologia para discutir a respeito da assistência integral e de qualidade a idosos

Solenidade de abertura do Simpósio. Segundo dados apresentados no evento, o grupo dos muito idosos é a parcela da população que, proporcionalmente, mais cresce no mundo.

Edição: Beatriz Pozzobon
Pauta: Cláudia Hirafuji
Reportagem: Ana Luisa Casaroli 
O departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL) promoveu, nos dias 23 e 24 de setembro, o Simpósio de Assistência Integral e de Qualidade a Idosos. “O objetivo do Simpósio é possibilitar reflexões sobre a qualidade da assistência que se tem prestado aos idosos e compartilhar os trabalhos que estão sendo realizados na área”, conta Mara Solange Gomes Dellaroza, coordenadora do evento. Ela é graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UEL, mestre em Enfermagem Fundamental pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo Grupo de Estudos do Envelhecimento (GESEN) da UEL.

Segundo a professora, dentre os cerca de 140 inscritos, estão acadêmicos da própria Universidade, profissionais da saúde, integrantes da secretaria do Idoso e estudantes de pós-graduação. Os assuntos abordados abrangem as áreas de geriatria e gerontologia. A primeira é uma especialidade médica, enquanto a segunda é uma especialização que outros profissionais também podem adquirir. Ambas tratam da saúde do idoso.

A professora Mara Dellaroza enfatizou as diferenças a serem consideradas quanto à condição de cada paciente. “Há pacientes praticamente autônomos. Nesses casos, trabalhamos formas de estimular um estilo de vida saudável. Mas também temos que pensar no paciente altamente dependente, no limite de sua fragilidade”, salienta. A enfermeira mencionou o falecido Papa João Paulo II como uma pessoa que soube viver e sempre buscou a melhor forma para isso.

Na solenidade de abertura, Martha Beatriz Issa, representante da Secretaria Municipal da Saúde, ressaltou a importância da prevenção, e não apenas da cura, com relação à saúde na terceira idade. Também presente, Liz Clara Ribeiro de Campos, secretária Municipal do Idoso, lembrou que Londrina é a única cidade do Paraná que possui uma secretaria específica para o idoso.

Ainda no primeiro dia, os participantes assistiram à palestra do presidente da seção Paraná da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rodolfo Augusto Alves Pedrão, que também é médico geriatra. Entre os temas apresentados, estavam dados sobre a população idosa. Ele citou, por exemplo, que, em 1950, os idosos representavam 4% da população brasileira. Hoje, já são 10%.

Rodolfo Pedrão também comentou a respeito do fenômeno denominado “feminização da velhice”, o qual se refere ao maior número de mulheres que chegam à terceira idade. Segundo ele, em 1960, eram 98 homens idosos para cada 100 mulheres idosas. A previsão para 2020 é que essa relação seja de 77 para 100.

No segundo dia do evento, foram realizadas três mesas redondas, uma palestra e duas apresentações de relatos e experiências. O princípio de integralidade no tratamento dos anciãos foi bastante ressaltado no Simpósio. “É necessário que se tenha integração de serviços por meio de redes assistenciais, reconhecendo a interdependência das ações e das instituições. Não se deve tratar cada problema isoladamente”, finaliza o médico Rodolfo Pedrão.


Professor da UEL estuda História Ambiental do rio Tibagi

outubro 2, 2011
Professor do departamento de História da UEL desenvolve projeto que objetiva traçar um perfil histórico entre a bacia hidrográfica Tibagi e a colonização do norte do Paraná

Professor doutor Gilmar Arruda é o autor do projeto História Ambiental do Rio Tibagi

Edição: Beatriz Pozzobon
Pauta: Ana Karla Teixeira
Reportagem: Roberto Alves 

“O campo historiográfico definido como História Ambiental é um ramo que se propõe investigar as relações entre o ser humano e a natureza, com o fim de avaliar o lugar da natureza na sociedade humana e o lugar dos homens na natureza”. É o que afirma o professor doutor Gilmar Arruda, formado em História, mestre e doutor em História pela Unesp (Assis). Possui pós-doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele desenvolveu o projeto “História Ambiental do rio Tibagi”, com o objetivo de traçar um perfil histórico entre a bacia hidrográfica Tibagi e a colonização do norte do Paraná.

De acordo com o professor doutor, o que se examina com este projeto, em relação ao rio Tibagi são: estradas e territórios, as transformações, a era das barragens, ciência, ambientalistas e política, entre outros temas que recobrem o período entre os séculos XIX a XXI. “A temática de pesquisa faz parte dos desdobramentos que ocorrem na carreira de um pesquisador” diz o professor doutor Gilmar Arruda, que na época de doutorado elaborou um trabalho chamado “Cidades e sertões”. Um dos capítulos desse trabalho aborda a perspectiva moderna de natureza na sociedade brasileira, em que trata da ideia de natureza como recurso natural e a ocupação humana dos territórios.

Após o doutorado, realizado em 1997, o professor doutor dedicou-se a uma pesquisa chamada “Cidades de fronteiras”, que traçou um estudo a respeito de cidades nas regiões que outrora eram florestas, tais como Londrina, Maringá ou pequenas cidades como Ibiporã e Cambé. Cidades relativamente novas que surgiram durante a década de 1930. A partir desse projeto, Arruda começou a elaborar a pesquisa sobre o rio Tibagi, relacionando com a ocupação do território.

Gilmar Arruda foi convidado para ser suplente representante no Comitê da bacia do rio Tibagi, órgão que gerencia a política de ocupação e aproveitamento do rio. Com isso, ele aproximou-se da ideia de estudar mais profundamente a natureza dos rios.

Percebendo haver uma carência de estudos para esse campo, surgiu a ideia de desenvolver o projeto “História Ambiental do Rio Tibagi”. “Na História Ambiental há muitos estudos sobre desmatamento, que é a parte mais visível do ambiente; já sobre as relações do homem com o rio há poucos estudos”, observa o professor doutor.
Partindo do principio que o rio, na verdade, é uma enorme bacia hidrográfica, dispondo de um enorme conjunto de fatores naturais tais como as microbacias, solo, fauna, flora.

O projeto estuda que todos os recursos de que o rio dispõe vão ao encontro das necessidades do homem no aspecto da formação das populações locais, das quais se originaram as cidades que compõem grande parte do norte do Paraná.

Gilmar Arruda explica que os estudos do projeto avaliam o desenvolvimento das cidades e as transformações tanto da natureza quanto da sociedade, e os conflitos decorrentes do uso rio e do território dentro da perspectiva de um cruzamento da história da bacia do Rio Tibagi com a formação das cidades que cerceiam o rio e o desenvolvimento das mesmas.

O projeto já atraiu vários participantes em iniciação cientifica, além de render artigos científicos nas revistas Signos Históricos (México) e na Varia História publicada em Belo Horizonte.

Crédito da foto: Roberto Alves